terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

UMA HOMENAGEM AO AMOR

O amor torna as coisas mais límpidas, aguça a visão, fantasia tudo. O ser mais violento se abate. Torna-se senão frágil, acessível.
Bacana mesmo é ver tudo sobre essa ótica. Garimpar diamantes em meio ao asfalto duro, colher flores em um vasto jardim imaginário, todo pela simples possibilidade de arrebatar um terno sorriso, uma simples deixa para a liberdade de sentir. E aí, meus camaradas, a coisa toda fica gostosíssima!
E o chão do quarto, a cama, a escada do motel, a ponta da lua quarto-crescente que o diga.




















As libélulas dançam
E este jardim parece estar ainda mais luxuoso
Brotam ametistas das parreiras
Âmbar dos pinheirais

O ouro do sol reflete luzes
Que fagulham sob as águas
Tranqüilas da lagoa, que tilintam
Vagarosamente rente as minhas pupilas

Colho o fruto do ventre
Provo a saliva dos Deuses
Pássaros observam cantantes
Sob os galhos dispersos das amendoeiras

E o arco-íris libertino
Abre à passagem, a cortina, as pernas
Desta minha moça fantasia
Infestada de delícias e redenção

(jaguar Araújo - 21/12/2007)

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