segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

À MUSA DE TODOS OS TEMPOS


Jóia rara, ametista
Pedra que descobri garimpando
Neste meu vasto manancial de luxúria
Vieste a mim única, intacta
Distinta de tantas outras

Teu brilho ressaltava
Uma dominância exclusiva
De valor inestimável
Acendera a mim por pouco tempo
O suficiente para tornar-se minha melhor inspiração

Deusa Indiana
De pequeninos olhos de rubi
Atormentara-me durante dias
Dias de afirmação, de glória
Da descoberta da máxima riqueza

Dias de dominância plena
Do teu corpo, mulato, esguio
Insistente, admirável
Fascinando-me a todo instante
Fazendo meu destino vacilar.

(Jaguar Araújo, 28/07/10)

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