Algumas pessoas sabem passear livremente
em coração alheio, meio que sem destino, sem intenção, apenas aproveitando suavemente
o caminho; outras simplesmente passam.
No meio dessa tortuosa e
maravilhosa peregrinação, surgem seres atípicos, que intencionalmente não
plantam nada, porém consegue ornamentar a alma desejosa com uma textura leve,
perfeita, saudosa. Deixam sem querer um sentimento limpo, interessante, mas que
não é amor: É bem-estar!
Cedo dormiste
E um encanto oculto
Exalavas d’alma pervertida
Uma paixão ardente, avassaladora
Brotara do meu amadurecido coração
Charme e acalanto
Nascendo ali, meio que sem querer
Por entre os ricos caminhos do teu corpo
Que, por ser efêmero
Breve deixara deserto
O palácio que construíra para ti, em meu leito
De puro luxo e alucinação.