sexta-feira, 29 de abril de 2011

CACHA-PREGOS

Velhas marolas
De mares conscientes
Calmaria d`alma
Nitidez de lente

Sol vagabundo
Paira em um dia quente de setembro
Meras alegorias

O teu corpo de diva
Diverte-se na areia
De sal e veleiros
Amor de sereia

E a brisa me beija
Serena e nativa
E tu sorris para o meu mundo
De rimas e ilhas

sexta-feira, 15 de abril de 2011

UMA BREVE VISITA A UM CIRCO VAZIO


Ilusionistas, palhaços, equilibristas
Todos estão fora
A lona azul-grená
Pavimenta a estrutura, sobreposta

Solitário, o trapézio, encontra-se inerte
Os artistas estão em férias
Apenas meeiras luzes
Incendeiam parte do palco semi-deserto

Lá, onde outrora reinava os meus medos
Semeio agora a curiosidade
da festa, da farra, das alegorias

Da poesia infante
das fanfarras circenses
dessa minha nova e adulta alegria

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A LINDA ARTE DE FÁTIMA GUEDES

Uma voz doce, a suavidade dos agudos perfeitos. Jovem, linda, apaixonante. Uma compositora extraordinária. Uma poesia marcante, honesta. Assim vi pela primeira vez Fátima Guedes cantando. Era o início da década de 80, e eu, com meus poucos anos, acostumado tão somente com a algazarra do Rock and Roll da época, ficara encantado, arrebatado por uma garota que começara a sua vida musical na MPB, cantando e interpretando divinamente suas próprias composições.
Tantos anos se passaram e continuo aqui, cada vez mais apaixonado por esse talento verdadeiro...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

À MUSA DE TODOS OS TEMPOS II (Efeitos da saudade...)



Ela Tinha Incandescentes olhos
Olhos que outrora me encantara
Mesmo sem jamais me pertencer
Foste tu a verdadeira mensageira
Dos meus incontroláveis delírios
Dos vastos e quentes verões
Das inacabáveis saudades de inverno
Do meu inacreditável desejo
Que ainda perdura, latente, sem fim.

(Jaguar Araújo - 03/11/2010)