terça-feira, 13 de novembro de 2012


Farta de violência esta era; sobre amor, quase nada. Não sei o que acontece com as pessoas, “temem provar o néctar do sentimentalismo”.
Sempre que tive a possibilidade amei, à minha maneira, é lógico, mas amei.
E esse sempre foi meu ópio, ter o prazer de participar de tantas almas fantásticas, colher o fruto, replantar, refazer...
E claro, quando sinto saudade desses instantes, eis que surge à inspiração:


Nunca mais te vi
E agora, encaro a clássica saudade
Da relva rasteira do teu monte
Do teu pão, teu vinho

Em ti vibrava o sol
E resplandecia em tua pele clara
Perfumada, salina
Em tantos dias de estripulias

Meu pesar por ti
É o azul-marinho
Do mar de Itaparica
Onde comigo, tu nunca navegaste

Lá, outrora, sozinho de alma
Quis tê-la ao meu lado
Vê-la linda, saliente
Envaidecendo-me...


Trilhei meu caminho, mesmo sem ti
Trilhaste o teu
Para assim viver esta minha existência
Saudosa de tantos bons acontecimentos

(Jaguar Araújo, Outubro/2012)