sexta-feira, 3 de junho de 2011

À MUSA DE TODOS OS TEMPOS III

Ainda busco-te
No cochilo do tempo, das pessoas
Nos estandartes dos rostos
Nos meandros da covarde hora

Quem te fez rainha?
De coroa, cedro
Mesmo sem a grinalda que eu tanto desejara
Sem os delírios que eu te prometera

Tento encontrar-te
Magnífica, como outrora foste
Por entre os vastos e encantadores verões
Dos dias de hoje

Tu, mestiça, de sorriso alvo
De corpo esguio
De seios profusos e alegres
Adornara minha fugaz mocidade

E em teu palácio
Edificado no mais alto monte da beleza humana
Fui condenado e ser teu fiel escudeiro
Teu eterno servo, teu redentor.

(Jaguar Araújo)

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